Apertem os Cintos… o Piloto Sumiu! – Crítica

Apertem os Cintos... o Piloto Sumiu!

Filmes de outrora são habitualmente mais lentos, parte deles sequer podem ser revisitados sem uma dose cavalar de boa vontade.

Apesar de tratar-se de uma produção lançada em 1980, que alonga, arrasta, certos momentos, Apertem os Cintos… o Piloto Sumiu! está a salvo do ostracismo.

É nítido que o filme precisa esquentar e, mesmo no seu auge, ainda segue em uma marcha mais leve. Nos primeiros 10 minutos, por exemplo, não há nada além de um pequeno gracejo ou outro para preparar terreno, então o padrão infame começa a ser ditado a partir da galhofa da passagem fumante.

Há certo revezamento entre inércia e momentos engraçados, que quando chegam, são excepcionais. Aliás, poucas sátiras acumulam tantas pérolas quanto esse clássico do gênero!

As piadas são muito, muito bestas, algumas até se repetem no decorrer do longa, mas se você curte essa linha de humor, mesmo elas serão capazes de renovar as risadas.

Para endossar a afirmação acima, cabe reviver um trecho bem específico, onde o protagonista está visivelmente aflito em sua poltrona e somos agraciados pelo seguinte diálogo com a senhorinha ao lado:

“Nervoso?”

“Estou…”

“É a primeira vez?”

“Não, eu já fiquei nervoso várias vezes!”

Alta cúpula da comédia besteirol, Leslie Nielsen está entre os prazeres proporcionados. Seu tempo de cena pode até ser menor do que o esperado, julgando pelo carisma abundante do ator, mas cada momento carrega uma magia única.

Apertem os Cintos... o Piloto Sumiu!

Destaque para o piloto automático, um boneco inflável.

Também não faltam referências para os cinéfilos de plantão. A sequência do bar, parodiando Os Embalos de Sábado à Noite, é esplendida, caótica no melhor sentido!

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