Depois de pegar um cineminha, última sessão da noite, chegou a hora de mandar aquela crítica sucinta (ou não) de A Luz do Demônio.
Curiosamente esse foi um dos poucos filmes que assisti sem qualquer informação prévia, já que por padrão, costumo dar um pulinho nos sites especializados para descobrir se a nota é aceitável.
Descubra a seguir o resultado do tiro no escuro!
Clichês por todo lado, não há nada novo
Os caminhos são bem genéricos, basicamente os mesmos explorados pelo clássico O Exorcista, de 1973, e dezenas de filmes que vieram na sequência. É o demônio que cola na galera e alguém precisa arrancar o bicho no ~vaidirretosatanás~!
Com boa vontade, podemos considerar o fato da escola para sacerdotes também ser um hospital como ponto “fora da curva” (atente às aspas) entre o excesso de mesmice.
Freira, enfermeira e prodígio do exorcismo
Irmã Ann nasceu com o dom de encarar o tinhoso! Mesmo sem qualquer experiência com a prática do exorcismo, parece estar de igual para igual, por vezes em um patamar superior, aos padres que estudam o tema diariamente, enquanto há pouco tempo atrás sequer tinha permissão para comparecer às aulas.
Até colocam um tropeço da moça no meio da história para dar um ar de “viu aí, ela não manja dos paranauê”, mas não é suficiente para compensar os outros acontecimentos. Provavelmente ela andou treinando enquanto as câmeras estavam desligadas!
Corrido e, talvez por isso, raso
Considerando que o filme tem por volta de 1h30mim, acaba sendo bem tranquilo de assistir. Esticá-lo arrastaria tal qual a bunda do urso do Pica-Pau, a menos que o tempo adicional fosse utilizado para embasar os acontecimentos (o que evitaria os parágrafos a seguir).
Acelerado, o longa não consegue estruturar seus personagens. A protagonista, por exemplo, é literalmente uma qualquer para o público, que pode ter sua persona resumida em um parágrafo minúsculo. As ligações entra ela e outros personagens, jogada no ar, apenas, sem qualquer background mediocre para dar sentido.
O próprio contato entre o demônio e a protagonista, cujo motivo é sugestionado bem por baixo em um momento qualquer, na verdade aparenta ser causado exclusivamente porque o demônio acordou de ovo virado e precisava descontar a raiva em alguém. Não há um enredo forte, conciso, para essa perseguição.
O terror está somente nos jump scares
Esqueça a tensão no ar, mínima que seja. Com a régua baixíssima, talvez uma ceninha ou outra te cause certo desconforto, no bom sentido para uma obra do gênero, mas nada novo, de novo!