Vampiros, romance e incoerência em Primeira Morte

Primeira Morte

Qual será o desfecho quando substituímos as famílias de Romeu e Julieta por vampiros e caçadores de monstros?

Anota aí a receita!

No enredo, os moradores estão cientes que monstros assombraram a cidade há alguns anos, porém, agora é ~mó paz~, sem registros de novos ataques. Mal sabem eles que vampiros continuam por lá, apenas bem disfarçados!

Partindo daí, temos um grupo de caçadores de monstros enviado até o local para investigar e resolver qualquer treta.

Pronto, lados totalmente opostos, agora é só pegar uma peça de cada um deles e fazer arder a chama da paixão! As escolhidas foram: vampira adolescente em crise existencial sobre matar para viver e caçadora colegial doida para mostrar serviço.

Meia dúzia de personagens caricatos, criaturas aleatórias, conceitos bíblicos personalizados e voilà!

Juliette e Calliope - Primeira Morte

Efeitos quase especiais

Quando os monstros começam a surgir, a computação gráfica quebra boa parte da magia. Parecem cutscenes de uma geração ultrapassada.

Lá para a etapa final da série ainda rola uma cena impraticável com pai da família vampiresca, capaz de realocar uma produção como Anaconda para o Oscar de melhores efeitos visuais!

Optar pelos efeitos práticos claramente seria um caminho propício, levando em consideração que as maquiagens dos zumbis até que funcionam.

Ponto positivo avulso para fechar o tópico: o lance da luz vermelha quando a protagonista está sedenta por sangue é daora!

Monstro da série Primeira Morte

Dois pesos e duas medidas

Enquanto ninguém bateu de frente, sangue nos olhos. Após um confronto com aliados mortos para ambos os lados, conversa e convivência na medida do possível. Alguém me explica o sentido?

Com muita boa vontade, aceitaríamos que o amor entre as jovens fosse responsável por tal incoerência, mas não é o caso! Qualquer acontecimento capaz de influenciar em uma visão pacifista por parte das famílias, pensando no bem estar das garotas, ocorre em um ponto futuro!

Parece existir um interruptor capaz de ligar o mata-mata. Uma hora só há espaço para ódio, na outra, “deixa eu ficar no colégio com a filha do inimigo?” e a resposta é “ok, até de noite”.

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