Percebi recentemente que após tantas décadas, sem qualquer pretensão, estou maratonando os títulos da franquia A Hora do Pesadelo.
Chego no streaming, procuro qualquer slasher meia boca e por diversas vezes acabo parando neles. Inclusive, o último texto publicado foi sobre Freddy vs. Jason.
Hoje vamos destrinchar a mais inesperada e sem sentido entre todas as sequências!
10 observações inúteis sobre O Novo Pesadelo – O Retorno de Freddy Krueger
1. Depois de um início confuso, que não entrega se a obra é uma continuação direta, multiverso dos pesadelos ou qualquer ideia mirabolante, percebemos que o filme em questão considera os títulos passados, porém, somente como ficção.
Sendo assim, não acompanhamos Nancy Thompson, a protagonista de A Hora do Pesadelo, mas sim a atriz Heather Langenkamp interpretando ela mesma. O mesmo vale para Robert Englund, ator por trás de Freddy, e até mesmo o diretor e roteirista Wes Craven.
Seria a arte imitando a vida, enquanto a vida imita a arte?
2. Viajado na metalinguagem, o enredo cobre acontecimentos sobrenaturais com os principais profissionais envolvidos na franquia, após 10 anos do primeiro filme.
Somos apresentados a uma entidade que encarna na figura fictícia do Freddy, dando vida fora dos filmes e aprontando através da galera ao seu redor. Não consigo explicar melhor do que isso!
3. Nunca vi atuações piores em cenas de terremoto (bem específico). Pelo visto, só mandaram os atores balançarem aleatoriamente!
4. O Freddy Krueger “entidade” praticamente não aparece até a metade do filme.
Sua primeira aparição, cena em que puxar o garoto no caixão, é tosca ao ponto de resultar em gargalhadas!
5. Falando no diabo, o moleque encapetado é o grande vilão do filme, confia!
Que tal um banho de pipoca para tirar os encostos do garoto?
6. Cadê aquele malandro de outrora? Sem os trejeitos característicos, promiscuidade, ar debochado, nada!
Detalhe: no exato momento em que escrevi o ponto acima, aos 54 minutos de filme, Freddy meteu sua língua na boca da Heather pelo telefone, reproduzindo a clássica cena.
7. A estética do personagem também não convence, desde a mescla entre cibernético e orgânico nas mãos, passando pela hidratação que o vilão claramente andou passando no rosto, até culminar em sua participação no Esquadrão da Moda.
De olho no outfit, temos bota e calça de couro justíssima, além de um novo suéter naipe mauricinho no Natal.
8. Mencionando os defeitos especiais, piores do que nunca, a cena da travessia no trânsito é um show de horrores!
9. Abriram mão daquela pegada industrial no cantinho do Freddy. Agora, quando joga em casa, as partidas acontecem em um templo randômico, bem parecido com um brinquedo de parque de diversões macabro.
10. No final do filme, Freddy aparece de língua bifurcada e vira o diabo de O Auto da Compadecida.
