
Justificando que uma ideia bem executada supera qualquer orçamento modesto, Noites Brutais assegura distinção, competência e imprevisibilidade em atos bem definidos, enquanto alimentado pela constante tensão.
Está entre as gratas surpresas do catálogo do Star+ e vale um confere na primeira oportunidade!
Desenrolando o carretel
O filme começa lento, porém, não confunda com chato. Até certo ponto, consideravelmente avançado, sequer compreendemos o que está acontecendo na casa.
Para acrescentar ainda mais interrogações, há uma quebra do enredo pouco antes da metade do longa, graças a aparente troca de protagonista.
Momento de curtir o suspense e compreender pouco a pouco o que está acontecendo, porque à medida que a trama engrena se torna um caminho sem volta!

Quando o trabalho é bem feito
Destaque para a direção, capaz de manipular ângulos e pontos de vista incomuns. Inclusive, certos momentos remetem a jogos em primeira e terceira pessoa.
Mérito também pela tensão criada, tirando proveito do local escuro, luzes piscando, trilha sonora perfeitamente encaixada, além é claro da própria “criatura” e doses de gore.

Raso, ainda assim funcional
O enredo não se aprofunda em nada, entregando apenas o suficiente para fazer sentido, organizar as ações e consequências. Digamos que o terreno até chega a ser preparado, só que de forma acelerada.
Temos uma pincelada sobre a chegada das vítimas na casa, como o local se degradou, o que acarretou em toda confusão, mas nada realmente elaborado.
Certas soluções seguem a mesma linha. Por exemplo, aquele rapaz da mão furada, destrambelhado, irrita um pouco. Mesmo considerando o nervosismo no momento, fica difícil de acreditar no quão desastrado ele consegue ser!
Aproveitando o título em português, a conclusão é abrupta e brutal, talvez por simplesmente amarrar a história reforçando os traços de cada personagem.