Instigado pela continuação da franquia a caminho, meti a cara para reassistir o primeiro Police Story, sei lá quantos anos depois!
O longa ostenta 93% no Rotten Tomatoes e 7,5/10 no IMDb, ou seja, avaliações consideráveis. Entretanto, será que a experiência permanece válida mesmo em 2023?
Vou dar o papo:
Tecnicamente falando…
Police Story não é somente uma das obras icônicas de Jackie Chan, mas também o reflexo perfeito do cinema de ação oriental nos anos 80.
Pastelão e caricato ao extremo, chegando a lembrar um tokusatsu clássico em certos momentos, o filme conta com ângulos, takes e técnicas de filmagem (adoram dar um zoom aleatório) que ainda funcionam, porém, entregam sua idade.
Digamos que a cinegrafia é crua, algo que pode causar estranheza para quem está acostumado com grandes produções de ação, principalmente mais recentes.
Para exemplificar, após 9 minutos de filme ouvi um discreto “não sei se vou conseguir assistir isso por muito tempo” da pessoa ao meu lado.
A disposição das trilhas e efeitos chega a incomodar, assim como a respectiva mixagem, questão aceitável e talvez prevista para uma produção que está chegando na casa dos 40 anos.
Peguei o bonde andando?
O filme já começa uma confusão só, fica até difícil acreditar que há um enredo por trás daquilo.
Falta a preocupação em preparar o terreno. Não criamos qualquer vínculo com o protagonista, afinal, ele sequer é introduzido.
Paciência e consciência fazem funcionar
Compreender as minúcias da época, além do quão distinto é o ritmo da trama, se torna imprescindível por aqui.
Assim, o longa segue capaz de entreter e proporcionar boas cenas de ação.