Nosso comparsa e consultor Wellington Carneiro retorna, mais chato do que nunca, para cagar regra sobre One Piece.
Ao longo do artigo, destilando mais de 15 anos como fã assíduo, o Capitão dos Piratas da Camisa Esgarçada pontua os motivos da sua migração de mídia, passando do anime para o mangá.
Esteja pronto para concordar ou discordar, afinal, não passa de uma opinião, baseada na experiência pessoal!
De agora em diante, a visão é do convidado, enquanto as palavras são organizadas e adaptadas pelo seu humilde blogueiro:
Muita enrolação e animação de baixa qualidade
Por volta de 2011, na Guerra dos Melhores, o anime ficou intragável de tanta enrolação, além da qualidade pífia de animação. Foi quando decidi trocar de mídia.
One Piece é uma série que sofre bastante pelo fato de ser semanal. Acredito que o grande problema é esse… não tem condição de entregar um capítulo por semana!
Com o passar dos anos, as pausas de Oda estão cada vez mais constantes. Hoje, o mangaká costuma lançar três capítulos e pausar um, ritmo que resulta em menos de um capítulo adaptado por episódio.
Bons episódios de anime, com um fluxo legal, geralmente consomem mais de um capítulo do mangá. Principalmente obras como One Piece, onde cada capítulo não tem tanto conteúdo assim para animar.
A conta não fecha para um lançamento semanal, entende?
Não à toa, a série sofre há mais de dez anos com falta de tempo, não permitindo que os animadores façam o melhor trabalho possível.
A qualidade até melhorou em Wano, quando optaram por esse visual, digamos, vívido. Investiram mais e a animação hoje em dia até pode fazer alguns olhinhos brilharem, mas por outro lado, o ritmo segue indubitavelmente lento, quase parando.
Como diria o Super Sam: “Time is money!”
Não há no que se aprofundar, apenas mencionar o óbvio: é infinitamente mais rápido e prático ler o capítulo da semana do que assistir o episódio.
Claro que nada supera aquela horinha programada para um bom lanche e o novo episódio na tela, mas há tanto o que fazer na vida adulta que, por vezes, One Piece vai parar na tela do celular para uma leitura rápida antes de dormir!
Censura
Eles censuram boa parte do conteúdo violento da obra. Para exemplificar, posso destacar uma cena clássica da já mencionada Guerra dos Melhores, que é o confronto entre Barba Branca e Akainu.
Um dos socos desferidos pelo Almirante leva, literalmente, quase metade do rosto do pirata. No anime isso foi censurado, diminuindo consideravelmente o tamanho do ferimento (arrancou metade do bigode, basicamente).
O mesmo vale para o golpe que Barba Branca sofreu no peito, uma lesão que atravessa seu corpo e no anime foi retratada somente com um círculo preto.
Considerando que One Piece não é uma obra violenta, as censuras são pontuais, mas ainda assim podem incomodar os puristas!
Histórias de capa
Cada capítulo do mangá traz sua capa, seja uma ilustração sugerida pelos fãs, como Usopp detonando na barraca de tiro ao alvo, uma pequena viagem do próprio Oda, que pode simplesmente desenhar os personagens como se estivessem na Idade Média, ou o foco do tópico, que são as histórias de capa propriamente ditas.
Através de pequenas tramas, o mangaká seleciona alguns personagens, daqueles que já passaram pela história e provavelmente não retornarão, para relatar o que estão fazendo pelo mundo.
Tipo, depois de Whole Cake, entre tantas coisas que aconteceram, temos a fuga de Capone e Chiffon. Eles se mandaram da ilha e pronto, a história continuou.
A questão é que no mangá, depois de um tempo, nosso querido autor passou uns 10 capítulos contando o que aconteceu após a fuga, algo que nunca chegou ao anime.
É legal porque dá uma profundidade maior, afinal, aqueles personagens não morreram, estão fazendo algo em qualquer cantinho do mundo que seja!