Para o tópico em questão contamos com a experiência de Wellington Carneiro, parceiro de longa data aqui do blog e autor da Biblioteca Malungo.
Fã assíduo da franquia Shin Megami Tensei e, por tabela, Persona, nosso consultor oficial para otakices e RPGs já se aventurou em praticamente todos os títulos de ambas as séries, incluindo expansões e outras edições lançadas, como Persona 3 Portable e Persona 5 Royal, tema da vez.
Sendo assim, considerando a data de lançamento mais recente e popularidade, temos como base para o texto a versão Royal, que não deixa de ser uma expansão, mas acabou virando o jogo base para muita gente.
Então daqui em diante, palavras do intruso convidado.
A evolução de Persona
Entre o primeiro e quinto título, percebemos que a série foi ganhando independência de SMT e criando um estilo próprio, tanto que hoje em dia uma galera sequer conhece a franquia original!
O ápice do desmembramento está em Persona 5, onde nos deparamos com um gameplay bem distinto, mesmo em comparação ao antecessor.
Apesar de não ser um ponto necessariamente negativo, para um jogador assíduo e saudosista bate no mínimo o sentimento de estranheza.
Precisava facilitar tanto?
A fama de Persona 5 parece ter sido alçada graças aos ajustes apontados como “qualidade de vida”, que ao meu ver, são exagerados.
Não estou querendo ser o carinha cult. Nenhum problema em facilitar as coisas para abranger um novo público, só que nesse processo eles basicamente transformaram o jogo em um RPG sandbox, o que pode acabar matando totalmente a graça para quem curte o estilo padrão.
Você aprecia a linha sandbox? Maravilha, vai se lambusar com persona… mas não é minha praia!
Quer apelar? Pergunte-me como!
Por exemplo, há um sistema de especiais que você ativa “na sorte” e causam um dando absurdo. Quando você está enfrentando inimigos mais fortes, como subchefes, esses especiais saem toda hora em uma tentativa de aliviar o gameplay. Tudo bem que o jogo pergunta se você quer usar ou não, mas isso me incomodou para valer!
Eu sou muito fã da série Shin Megami Tensei, então lembro que na época fui pesquisar no Google e alguns tópicos do Reddit, onde encontrei diversas pessoas reclamando da mesma coisa.
Também vi uma turma falando justamente sobre a questão do jogo não empurrar na sua goela, ou seja, é possível simplesmente ignorar a proposta. Ainda assim, não acho legal ter que podar o meu próprio jogo, pensando “essa função aqui eu não quero, acho quebrada”.
Ocorre o mesmo problema quando partimos para o sistema de Confidants/Social Links. Em decorrência, é possível farmar dinheiro loucamente antes da metade do jogo e ganhar experiência até dizer chega em uma única masmorra.
Quando me vi com os itens que nos outros jogos da série só tinha acesso no endgame, fiquei tipo “cara, isso não legal”, sabe?
Falador, mas sem passar mal
Metendo o pau assim até parece que sou hater de Persona 5, porém, garanto que não é o caso. Na verdade, até curto o título… a história é indiscutivelmente muito boa, assim como a estética criada e as mecânicas estabelecidas.
O que me abusa, deixa até meio frustrado, é a pegada café com leite. Acredito que seja um rançozinho mais pessoal!