Record of Ragnarok – Esqueça o anime, opte pelo mangá!

Record of Ragnarok

Pinceladas sobre Record of Ragnarok, expondo os principais aspectos com uma visão de ambas as mídias, anime e mangá, considerando a primeira temporada e os 73 capítulos publicados até o momento.

Resumão

A arrogância faz um grupo de deuses enfrentar humanos, no lugar de simplesmente aniquilar a espécie sem qualquer esforço.

Eles aceitam o Ragnarok, uma batalha individual entre 13 representantes de cada lado, responsável por definir se a humanidade deve viver por mais 1000 anos.

Tal evento foi idealizado como uma piada interna na Constituição de Valhalla, considerando impossível que os humanos vençam a disputa, mas aos poucos vamos descobrindo elementos que permitem o nivelamento entre os grupos.

Valquírias de Record of Ragnarok

Inegavelmente a animação é furreca!

Cenas estáticas estão por todos os lados, compostas por quadros de qualidade duvidosa e a tela tremendo.

Podemos exemplificar através dos flashbacks, inseridos para relatar os principais feitos dos participantes, mas executado de forma ordinária. Parece uma forma de economizar com a animação, diminuindo ainda mais a qualidade, que já não é das melhores, durante alguns bons minutos, fingindo se tratar de um artifício estético.

Para não falar somente das flores (mais) murchas, o anime até tem uns traços medianos e o design de personagens extravagante (o que também não significa agradável).

Record of Ragnarok (Shuumatsu no Valkyrie)

Entrega tão pouco que incomoda

Falta um enredo forte por trás das batalhas, o que poderia não ser um problema caso a própria porradaria compensasse!

Finalizando o segundo episódio, pulsava a sensação de “quando isso vai engrenar?”, já que pouquíssimo havia sido apresentado até então.

A trama é fraca e faz parecer que o foco está na ação, que por sua vez não deslancha e devolve a bola para o texto… ou seja, ambos decepcionam.

Ação no mangá, enrolação no anime

Os confrontos são rápidos, rounds de 3, 5 minutos. Isso é bem trabalhado no mangá, mas no anime eles arrastam, tentam render ao infinito e além.

Dava para animar tranquilaço uns 5 rounds em 12 episódios, 3 fica muito pouco. Assistir com o controle na mão é a porta de entrada para ficar pulando cenas!

Mangá de Record of Ragnarok (Shuumatsu no Valkyrie)

Melhora gradativamente… pelo menos no mangá!

A série engrena no quarto confronto, quando o padrão das lutas fica bem definido.

Enquanto nas primeiras lutas o autor procura ser mais fidedigno à história (o que faz bastante sentido, está trabalhando em cima de figuras conhecidas), daqui em diante ele parte para a liberdade artística de criar conceitos, tipo, o cara é humano, mas nasceu com poder “X”. Isso até dá um background massa!

Deixaram a previsibilidade tomar conta

Formatar como melhor de 7 quebrou o torneio, já que o mangaká gosta de deixar tudo empatado e você meio que percebe quem vai vencer, principalmente quando percebemos certa inclinação a focar mais na história do futuro vencedor, mostrando um número maior de flashbacks (falo do mangá, não me lembro se replicam no anime).

Em certo momento, um dos lados está na frente por dois pontos. Essa luta já começa com todos sabendo quem vai vencer, até mesmo pelo sucesso do mangá, que no mínimo vai ser levado pelo autor até o último round!

Fica naquela de “já sei que ele vai vencer… conta aí as tuas paradas”.

*Texto em colaboração com Wellington Carneiro, autor decrépito da Biblioteca Malungo.

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