Excelente premissa e execução em pé de igualdade estão entre os encantos de What We Do in the Shadows.
Derivada do filme homônimo, trazido para o Brasil como O Que Fazemos nas Sombras, a série é formatada como um pseudodocumentário, responsável por registrar o comportamento de um grupo de vampiros centenários nos dias atuais, vivendo em Staten Island, Nova York.
Preocupações, discrepância da rotina com o passar dos séculos e convivência entre as próprias criaturas são os principais tópicos abordados.
Cenas totalmente satíricas
Vampiros rosnando um para o outro enquanto mostram os dentes, risadas maquiavélicas e a clássica transformação em morcego que por aqui, claro, ganha tons de deboche.
É um tipo de humor com nuances de imbecilidade e inteligência, repleto de piadas hilárias, o que realmente importa em uma obra do gênero.nn
“Me diga, qual é o ponto fraco da Lazarro?”
“O calcanhar de Aquiles?”
“Então é o pé? Essa é fácil, sei exatamente o que fazer!”
Aproveitando o argumento, a ideia do vampiro sugador de energia, um verdadeiro chato da repartição com seu papinho cansativo, pode ser definida como sublime!
Apreço pela ambientação
Mesmo se tratando de uma paródia, What We Do in the Shadows entrega cenários cuidadosamente preparados e caracterizações, incluindo as roupas vitorianas, dignas de qualquer outra produção sobre vampiros que se leva a sério.
Piloto, piloto, episódios à parte!
O episódio inicial vende muito bem a série, trabalhando de forma mais agitada para compor cada cena e proporcionar boas risadas a todo momento.
Prosseguindo nos deparamos com alguns momentos inertes, compreensível, já que não é fácil manter o sarrafo alto durante mais de 20 minutos no decorrer de tantos episódios!
Você pode pautar a decisão de prosseguir ou não com base no piloto, porém, ciente de que dali em diante a cadência é outra.