Sobre um filme que apesar de não ter gostado, consegui enxergar suas qualidades!
O rumo tomado
X – A Marca da Morte simula bem o visual do final dos anos 70, cuidando da ambientação e caracterização, enquanto mescla um estilo de filmagem mais moderno. Então digamos que o padrão da época é replicado somente até certo ponto, a depender da cena.
Apesar de todo drama e mistério do casal de idosos, há certo tom satírico, principalmente em torno dos gêneros slasher e pornô. Com isso, as atuações propositalmente canastronas, entregues por rostos familiares, funcionam bem.
Tão vagaroso quanto cru
Deveras silencioso, o filme se encontra em uma linha tênue entre marasmo e tensão.
A primeira morte demora horrores, acontece após longos 60 minutos.
Ela é “simples”, porém, bem crua. Aliás, tudo segue a mesma linha no filme, focando bastante na brutalidade, gore e boas doses de bizarrice, tentando (e conseguindo) chocar com tal.
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Os críticos aparentam ter adorado, julgando pelos 94% no Rotten Tomatoes.
Bom, eu que não sou crítico achei chatão, ao ponto de não conseguir terminar de uma tacada só. Voltei dois dias depois, pensando muito mais em concluir o texto do que descobrir o desfecho!
A crescente
Na segunda metade, o filme se torna consideravelmente mais dinâmico, passando do marasmo para uma atmosfera de tensão.
Há preocupação por parte da produção em compor conceitos artísticos e sua própria identidade. Alguns cortes atípicos ficam até meio esquisitos, mas estão lá para corroborar com a ideia em aplicação.
Inegavelmente o roteiro é esperto, segue uma narrativa em metalinguagem e apostas nas simbologias para contar sua história.
X – A Marca da Morte inicia uma trilogia composta ainda por Pearl, prequel sobre a senhorinha introduzida, e MaXXXine, que retoma a linha do tempo a partir do final do primeiro longa.
